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A empresa nasceu como Compañia Nacional Cubana de Aviación Curtiss, no
dia 8 de outubro de 1929, em associação com a fabricante de aviões
norte-americana Curtiss, e em 1930 começou seus voos com um Curtiss
Robin. As primeiras rotas da empresa eram domésticas,
conectando a capital Havana com Santiago, no lado oposto da
ilha. Na época Cuba estava sob forte influência econômica e
política dos EUA, especialmente após a Emenda Platt,
tornando a ilha um local estratégico para negócios
americanos. No entanto, na mesma época, a
Pan Am buscava se tornar a companhia
aérea "de bandeira" americana no exterior e dominar as rotas
internacionais nas Américas. A
Pan Am tinha apoio direto do governo
americano, que via na aviação comercial uma forma de
projetar poder econômico e diplomático. Na época Cuba era um
destino turístico popular para americanos e monopolizar
rotas em Cuba era visto como estratégico para garantir um
hub natural para voos entre Miami, Caribe e países
latino-americanos.
Em maio de 1932 a Cubana foi comprada pela
Pan Am e a
parte "Curtiss" do nome foi retirado. A empresa
então tornou-se uma subsidiária da
Pan Am, onde seus voos passaram a
ter conexões com os da empresa-mãe e o logotipo foi alterado
para ficar mais próximo ao da empresa americana. A frota foi
renovada com aeronaves Douglas DC-3.
Em 1945 seu nome foi mudado para Compañia Cubana
de Aviación e fez o seu primeiro voo internacional para
Miami, com um DC-3, tornando-se a primeira companhia aérea
Latino-Americana a voar para Miami. Com a crescente pressão
nacionalista em Cuba, a
Pan Am vendeu a maior parte do
capital da empresa para investidores locais, porém ainda
manteve uma participação suficiente para manter influência.
Em abril 1948 a Cubana fez o seu primeiro voo transatlântico, entre Havana
e Madrid (via Bermudas, Açores e Lisboa), com um
DC-4 alugado da
Pan Am. Em 1950 o voo foi expandido
para Roma.
Em maio de 1953 a companhia chegou em Nova York e no México,
com os Constellation.
Em 1954 a Pan Am saiu totalmente da
empresa, vendendo as suas últimas ações. Nessa altura a
estratégia da Pan Am estava mudando,
deixando de investir em subsidiárias locais para focar em
rotas intercontinentais de longo curso.
Em 1958 a Cubana se tornou uma das primeiras companhias a
encomendar jatos, dois Boeing 707-100.
Porém a encomenda foi cancelada após o rompimento das
relações entre Cuba e os EUA.
Em 1959 a revolução liderada por Fidel Castro trouxe grandes
mudanças para Cuba e para a Cubana. O governo estatizou a companhia
e todas as demais companhias
aéreas cubanas foram fundidas com a Cubana, que ficou como
única companhia aérea do país.
Em 1961, em parceria com a Aeroflot,
a companhia realizava o voo mais longo da época, entre Havana e Moscou, com escala em
Praga e 18 horas de duração.
Em 1962 os EUA impuseram um embargo comercial em Cuba e a
Cubana ficou impedida de adquirir aeronaves ocidentais e ter
voos para os EUA. Sendo assim a frota foi renovada com aeronaves
da URSS. Vieram os Ilyushin IL-18, para voos de longa
distância, e Ilyushin IL-14 e
Antonov An-24 para voos de curta
distância.
Em junho de 1971 a Cubana chegou em Lima e Santiago.
Em abril de 1972 recebeu o seu primeiro jato, um
Ilyushin
Il-62, que passou a voar para Madrid.
Em abril de 1973 a empresa chegou em Berlim, em parceria com
a companhia aérea da Alemanha Oriental Interflug.
Após o fim da URSS, em 1991, a Cubana entrou em uma das
fases mais difíceis de sua história. A empresa foi
diretamente afetada pelo colapso do bloco soviético, pois
dependia fortemente da URSS para aeronaves, peças,
combustível e apoio técnico. A frota da Cubana era composta
majoritariamente por aviões soviéticos e manter essas
aeronaves em operação tornou-se extremamente difícil. Muitos
aviões foram desativados ou operados com baixo padrão de
manutenção, o que afetou a segurança e a imagem da
companhia. Ao mesmo tempo Cuba ainda estava sob embargo dos
EUA, o que a impedia de ter acesso ao mercado ocidental.
Gradualmente Cuba iniciou uma reaproximação com países
europeus e Canadá, abrindo caminho para o leasing de
aeronaves ocidentais. Mesmo assim as sanções americanas
dificultaram o acesso a peças, manutenção e seguros. Com a
crise econômica cubana e a perda de passageiros vindos da
URSS e do bloco soviético, a Cubana teve que cortar rotas e
focar em alguns poucos destinos com alta demanda turística.
Em 1993 a Cubana chegou no Brasil. A rota Havana - Barbados
- São Paulo era operada uma vez por semana com o
Ilyushin
IL-62. Em 1999 o IL-62 foi substituído pelo
Airbus A320 e
depois pelo DC-10-30, em 2000. Em 2002 o
IL-62 voltou para a rota,
porém em 2004 a rota para o Brasil foi cancelada.
Sem condições de renovar a frota, a Cubana foi obrigada a
reformar os antigos
Ilyushin 62 para manter
operando seus voos no inicio dos anos 2000.
Em 2005 a companhia recebeu o seu primeiro Ilyushin Il-96-300,
o voo inaugural foi entre Havana e Buenos Aires, em janeiro
de 2006.
Em 2007 a Cubana incorporou aeronaves Tupolev Tu-204-100.
Além disso a companhia operou por curtos períodos de tempo
aeronaves ocidentais como
A320,
Boeing 737 e
Boeing 767.
Em 2013 a empresa recebeu o seu primeiro
Antonov An-158, porém todas as
aeronaves desse modelo foram obrigadas a serem estocadas
devido a problemas técnicos e dificuldade de suporte e
manutenção.
Em 2015 a frota foi parcialmente renovada com aeronaves
ATR-72.
Em 2020 a Cubana chegou a paralisar todas as operações
devido a pandemia do COVID-19. Mesmo após a retomada as
operações, a companhia segue operando com grande dificuldade
devido a idade avançada de sua frota.
Evolução da empresa:
Logos Antigos:![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() Logos Comemorativos:
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Fundação: 8 de outubro de 1929
País: Cuba
Sede:
Havana
Códigos:
CUB / CU
Principais Aeroportos:
Aeroporto Internacional
Jose Marti
Aeronaves já operadas:
Airbus
A310-300,
Airbus A319, Airbus A320,
Antonov An-12, Antonov An-24,
Antonov
An-26, Antonov An-30,
ATR-42-300,
ATR-72-500, Ilyushin Il-14,
Ilyushin-18,
Ilyushin Il-62,
Ilyushin
Il-76,
Boeing 737-200,
Boeing 737-300,
Boeing 737-400,
Boeing 767-300,
Bristol Britannia 300,
CL-2,
Curtiss C-46,
Douglas DC-3/C-47,
Douglas DC-4,
Douglas DC-8-40,
Douglas DC-10-30,
Fokker 27,
Lockheed L-049 Constellation,
Lockheed L-1049 Super E/G Constellation,
Tupolev
Tu-154,
Yakovlev
Yak-40,
Vickers
Viscount 700,
Vickers
Viscount 800,
Yakovlev Yak-42
Destinos:
20
Destinos já operados no Brasil: São Paulo
> Frota:
E |
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> Histórico de Frota:
E |
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> Mapa de Rotas:
Ano:
2015
Ano: 2009 // Destinos em Cuba: Camaguey, Havana, Holguin, Santa Clara e
Santiago de Cuba
Ano: 1996
Ano: 1986
Ano: 1955
Ano: 1932
Atualizado em junho de 2024