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Frota - Azul
> Frota Atual:
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(Atualizado em: junho de 2025)
> Frota/Ano:
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> Histórico da Frota:
Airbus A321P2F |
A Azul Cargo recebeu o seu primeiro Airbus A321P2F em outubro de 2024. A companhia escolheu o modelo para ampliar sua frota exclusivamente cargueira e substituir os Boeing 737-400F, deixando a frota mais padronizada e homogenia. Como a Azul já operava aeronaves da Família A320, isso facilita o treinamento de equipes e a manutenção. O A321P2F (Passenger-to-Freighter) é um avião de passageiros que foi convertido para operações exclusivamente de carga. Esse tipo de conversão é uma forma econômica e eficiente de reaproveitar aeronaves usadas. Uma aeronave que já estava se aproximando da aposentadoria para transportar passageiros, pode continuar operando voos cargueiros, aumentando assim a vida útil de uma aeronave já depreciada financeiramente. Aviões de carga geralmente operam menos voos diários do que aviões de passageiros, o que reduz o desgaste e a necessidade de manutenção. Além disso o A321 oferece maior capacidade de carga do que o B737-400F. Por ser um modelo desenvolvido mais recente, o A321 também oferece melhor eficiência de combustível, menor custo por tonelada transportada e menor custo com manutenção. Os primeiros voos foram realizados em fevereiro de 2025, entre Campinas e Manaus. A pintura, em azul claro e escuro, faz referência as cores da embalagem da empresa.
International Aero Engine
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Airbus A350-900 |
A Azul deveria ter
recebido o primeiro A350 em 2017
como parte de uma encomenda feita pela empresa em 2014.
Porém a Azul havia mudado de ideia e
decidiu por aeronaves menores
A330-900neo. Os A350 então
acabaram sendo repassados para o grupo chinês
HNA, que era acionista
da Azul na época. Os quatro aviões da
encomenda original foram operados pela Hong Kong Airlines
até 2020. Mesmo antes da crise gerada pelo COVID-19, o grupo
HNA já vinha enfrentando
uma crise financeira e entrou em recuperação judicial em
2021. Com os A350 parados e o
reaquecimento da demanda de voos internacionais, a
Azul decidiu incorporar as quatro
unidades. O primeiro A350-900 com as
cores da Azul, batizado de “50 também
é Azul” e matriculado como PR-AOY, chegou no dia 15 de
setembro de 2022. Nos meses seguintes a aeronave realizou
diversos voos de testes e treinamento da tripulação. O
primeiro destino internacional servido pelo A350
foi Orlando, a partir de 15 de dezembro de 2022.
Comprimento: 66,89 m
Xtra Business (Classe Executiva)
Economy Xtra (Classe Econômica Premium)
Economy (Classe Econômica)
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Cessna 208 Grand Caravan |
No dia 14 de janeiro de 2020 a Azul anunciou a compra da TwoFlex por R$ 123 milhões. A TwoFlex transportava passageiros e cargas para 39 destinos no Brasil, com uma frota de aeronaves Cessna Caravan. Após a compra pela Azul, o nome da empresa foi alterado para Azul Conecta. A nova subsidiária passou a operar voos regionais de passageiros e carga com os Cessna 208. Esses voos ajudam a alimentar a malha da Azul e as aeronaves com capacidade para apenas 9 passageiros permitem voos inviáveis com aeronaves maiores. Alguns exemplos de cidades servidas pelos Cessna 208 são Angra dos Reis, Breves, Búzios, Canela, Coari, Itaituba, Parintins, Paraty, Porto Trombetas, Tangará da Serra e Torres. A entrada em operação dos Cessna 208 permitiu que a Azul aumentasse o número de cidades brasileiras atendidas de 97, em 2019, para 104, em 2020, e para 125 em 2021. Em setembro de 2021 a Azul anunciou a encomenda de dez novos Cessna Grand Caravan EX, a versão mais recente do modelo, equipados com novos motores, mais eficientes e silenciosos. As duas primeiras unidades foram recebidas em outubro. Os primeiros voos foram na região sul do país, a partir de Porto Alegre, e também na região centro-oeste, com voos a partir de Cuiabá. Em janeiro de 2023 a Azul Conecta recebeu os dois últimos Cessna 208 EX, um deles inclusive foi o Cessna 208 de nº 3000 fabricado no mundo. A frota então completou 27 aeronaves, sendo 3 delas convertidas para cargueiros.
Comprimento: 12,6 m
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Airbus A321neo |
Em novembro de 2019 a Azul foi a primeira
companhia aérea brasileira a receber o
A321neo, a maior
aeronave da Família A320neo, capaz de transportar até
240 passageiros. Porém na Azul os
A321neo estão
configurados com 214 assentos. A
aeronave é usada em rotas domésticas de maior demanda,
complementando o A320neo. Devido a sua maior capacidade, o
A321neo oferece um custo por assento menor.
Comprimento: 44,1 m
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Embraer E195-E2 |
No dia 12 de setembro de 2019 a Azul foi a primeira companhia aérea do mundo a receber o Embraer E195-E2, a maior aeronave já fabricada pela Embraer, capaz de transportar até 146 passageiros. O E195-E2 é uma versão mais longa e melhorada do E-195. Segundo a fabricante a nova geração pode consumir até 25% menos combustível do que a geração anterior, além de possuí menor custo de manutenção e ser mais silencioso. Na Azul os E195-E2 estão configurado com 136 assentos, 18 a mais do que o E-195. Para os passageiros as novidades incluem bagageiros maiores, nova iluminação, telas maiores com touch screen e com melhor definição de imagem e entrada USB. Além disso o espaço entre os assentos é maior graças aos novos assentos mais finos, dando mais espaço para as pernas. Outra novidade foi a implementação do WiFi a bordo, onde os passageiros podem acessar a internet gratuitamente. A Azul foi a primeira companhia aérea no Brasil a oferecer internet gratuita para todos os passageiros (desde que cadastrado no Azul Fidelidade), o acesso gratuito permite não só a troca de mensagens online, como também navegação em sites e streaming de vídeos por exemplo. O primeiro voo com um E195-E2 ocorreu no dia 16 de outubro de 2019, na rota entre Campinas e Brasília. Nos dias seguintes os E195-E2 também operaram voos para Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Maceió. O E195-E2 foi selecionado pela Azul como o substituto do E-190 e E-195, passando a ocupar o espaço entre a capacidade do ATR-72 e A320neo. Com uma posição intermediária na frota, o E195-E2 é ideal para rotas entre cidades grandes e médias, atuando como ponte entre as rotas regionais, operadas com o ATR, e as rotas entre grandes centros, operadas pela Família A320neo. Graças a sua maior eficiência em relação a geração anterior, o E195-E2 possui maior flexibilidade para operar em rotas de menor demanda ao mesmo tempo que oferece assentos adicionais em relação ao E-195. Em 2024 o número de E195-E2 na frota ultrapassou os E-195, alcançando 30 unidades.
Comprimento: 41,5 m
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Airbus A330-900neo |
Quando anunciou voos internacionais, em 2014, a intenção da Azul era utilizar uma combinação de aeronaves A330-200 de segunda-mão e A350-900 novos. Porém a queda na demanda de passageiros no Brasil levou a Azul a desistir dos A350 e ficar apenas com os A330. Em setembro de 2017, com uma melhora na demanda de passageiros, a empresa voltou a investir na aquisição de novas aeronaves, escolhendo dessa vez cinco Airbus A330-900neo para substituir os A330 da geração anterior. O A330neo foi lançado em julho de 2014 para substituir a Família A330 e competir diretamente com o Boeing 787. A nova família é equipada com novos motores Rolls-Royce Trent 7000, novos winglets, asas maiores e melhorias aerodinâmicas, garantindo uma redução no consumo de combustível e maior alcance. Além disso o A330-900neo é capaz de levar mais passageiros do que o seu equivalente da geração anterior, A330-300, graças a modificações na cabine. Para os passageiros o A330neo oferece a nova cabine Airspace, com nova área de boas-vindas, tecnologia de iluminação LED, mais espaço para bagagem, novos lavatórios e conectividade de última geração. A Azul foi a segunda companhia aérea do mundo a receber um A330-900neo, em maio de 2019. A primeira unidade, PR-ANZ, realizou o primeiro voo em junho, na rota Campinas - Recife. Os primeiros voos internacionais ocorreram ainda em junho, na rota Campinas - Orlando e Campinas - Lisboa. Os A330neo da Azul estão configuradas com 34 assentos na classe Business, 108 na Economy Extra e 156 na Economy. Segundo a Azul, o A330-900neo consome até 14% menos combustível por assento do que a geração anterior. Em outubro de 2019 a companhia recebeu o seu segundo A330neo. Em 2020 a Azul recebeu mais três unidades, totalizando uma frota de cinco exemplares. Ao invés de substituir, os A330neo complementaram os A330 da geração anterior, na expansão internacional da empresa. Em 2023 a Azul anunciou a encomenda de mais sete A330neo diretamente da fábrica da Airbus. Além disso a companhia também adquiriu aeronaves de segunda mão para ampliar a padronizar a frota apenas com aeronaves A330, após a saída dos A350. As duas primeiras unidades "usadas" chegaram em abril e maio de 2024, anteriormente operados por uma companhia aérea de baixo custo. Inicialmente a Azul optou por manter a configuração de assentos da companhia aérea anterior e por isso essas duas aeronaves têm capacidade para 377 passageiros. Elas possuem menos espaço na classe econômica, com nove assentos por fileira (3+3+3) contra oito na versão da Azul (2+4+2), e têm uma classe econômica premium simples: sem telas de entretenimento e seis assentos por fileira (2+2+2). Para diferenciar da classe econômica premium padrão da (Economy Extra), esses assentos passaram a ser vendidos com o nome de "Economy Prime" pela Azul.
Comprimento: 63,69 m
Xtra Business (Classe Executiva)
Economy Xtra (Classe Econômica Premium)
Economy (Classe Econômica)
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Boeing 737-400F |
![]() Após experiências com ATRs cargueiros, a Azul Cargo deu um passo maior ao adquirir aeronaves Boeing 737-400F exclusivamente para o transporte de carga. O primeiro 737 cargueiro foi apresentado pela companhia em outubro de 2018. A primeira operação comercial foi no mesmo mês entre Campinas e Manaus. O avião tem capacidade para transportar até 20 toneladas de carga ou 11 pallets. A partir de fevereiro de 2025 os 737-400F começaram a ser substituídos pelos A321P2F. Os últimos voos comerciais foram operados ainda em fevereiro, na rota Campinas - Manaus.
Comprimento: 36,40 m
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Airbus A320neo |
Em novembro de 2014 a Azul anunciou um acordo para operar 63 aeronaves Airbus A320neo, sendo 35 adquiridas pela empresa e os outros operados por meio de leasing com AerCap e GECAS. O A320neo foi a aposta da Azul para competir diretamente com a Latam e a Gol nas rotas entre grandes cidades. Uma vez que o A320neo pode levar mais passageiros, a Azul pode se aproveitar de um custo menor por passageiro. A ideia era usar A320neo em rotas de maior demanda, conectando os grandes centros, enquanto os E-Jets e ATR-72 atuavam no segmento regional. A primeira unidade foi recebida em outubro de 2016 e os voos foram iniciados entre Campinas, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Salvador e Manaus. Ainda em 2016 a Azul recebeu cinco unidades. Em 2017 recebeu mais sete e em 2018 mais oito, totalizando uma frota de vinte A320neo. Os A320neo da Azul são configurados com 174 assentos e equipados com sistema de entretenimento individual. No final de 2019 a Azul também anunciou a implementação de WiFi a bordo das aeronaves. Enquanto esperava a chegada de mais unidades do A320neo, a Azul operou, por alguns meses de 2018, um A320 da geração anterior, matriculado PR-AJB. Em 2019 a companhia voltou a operar um A320ceo, dessa vez matriculado PR-AJE, e também operado por apenas alguns meses. Em 2019 a companhia voltou a receber mais unidades do A320neo, expandindo a frota para 32 unidades no final do ano e 41 no final de 2020. O Airbus A320neo teve um papel fundamental na transformação da malha da Azul dentro do Brasil, passando a atuar também com foco em voos entre grandes centros, se aproximando do modelo da Gol e Latam e passando a competir com as duas diretamente. Mesmo assim a Azul não abandou o seu foco em cidades menores e rotas regionais, pelo contrário a empresa utilizou isso com um diferencial competitivo em relação as suas concorrentes. Mesmo assim a Família A320neo passou a ter cada vez mais peso na frota da Azul, enquanto o número total de E-Jets e ATR-72 diminuiu. A Família A320neo possibilitou ganhos de escala, complementar os E-Jets em rotas de maior demanda e posicionar melhor a Azul para competir pelas rotas mais movimentadas. Apesar de maior eficiência dos E-Jets em rotas regionais, o A320neo permite diluir custos sobre um número maior de assentos, gerando um custo menor por passageiros e possibilitando que a Azul possa oferecer preços mais competitivos, especialmente nas rotas de maior concorrência. Em 2024 a Azul atingiu uma frota de 51 A320neo, o modelo com a maior quantidade de unidades na frota.
Comprimento: 37,57 m
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Airbus A330-200 |
![]() Em abril de 2014 a Azul anunciou que iria lançar voos internacionais para os Estados Unidos e para isso a companhia adquiriu seis Airbus A330-200 usados. O primeiro A330 chegou no dia 25 de junho de 2014. Inicialmente os A330 permaneceram com a configuração interna dos antigos operadores. Como os assentos eram bem antigos, a Azul criou a "Business Light" uma espécie de classe executiva mais barata. A partir de outubro de 2015 os A330 começaram a receber os novos interiores com o padrão escolhido pela Azul, com três classes: Econômica, Econômica Plus e Executiva. O primeiro voo internacional da companhia decolou no dia 1 de dezembro de 2014, na rota Campinas - Fort Lauderdale. No dia 15 de dezembro aconteceu o primeiro voo na rota Campinas - Orlando. A Azul pretendia iniciar voos para Nova York em 2015, mas acabou adiando a rota em troca de mais voos para a Flórida. Porém a crise econômica enfrentada pelo Brasil adiou os planos de expansão no mercado internacional e os A330 ficaram sem rotas. A Azul então aproveitou a parceira com a Tap para transferir dois A330 para a companhia aérea portuguesa, em janeiro de 2016, e decidiu iniciar voos para Lisboa, em maio de 2016. Em maio de 2019 a Azul recebeu o seu primeiro A330neo, escolhido para ampliar a frota internacional e substituir os A330 da geração anterior. Entretanto, com a retomada da demanda e da expansão internacional, os A330-200 tiveram a sua aposentadoria adiada. Em 2022 o PR-AIS foi transferido para a Força Aérea Brasileira, em contra partida a Azul anunciou a chegada de mais unidades no final de 2023. Em 2024, devido a dificuldade de encontrar novas aeronaves no mercado, demora na entrega de A330neo e manutenções nas aeronaves da frota, a Azul recorreu ao chamado wet lease para cobrir suas rotas internacionais. Nesse acordo a Azul está alugando não só uma aeronave de outra operadora, mas o serviço completo do voo, ou seja, será a outra operadora que irá fornecer a aeronave, tripulação, manutenção e seguro. Normalmente essas aeronaves são contratadas por tempo limitado para evitar cancelamentos ou reduções da frequência dos voos. Em dezembro a Azul iniciou uma parceria com a EuroAtlantic para operar os voos para Lisboa com o Boeing 777-200ER. Em junho de 2025 a rota Recife - Madrid foi inaugurada também com uma aeronave da EuroAtlantic, um Boeing 767-300ER.
Comprimento: 59,00 m
Xtra Business (Classe Executiva)
Economy Xtra (Classe Econômica Premium)
Economy (Classe Econômica) |
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ATR-42-500 |
Após a compra da Trip, a
Azul
ganhou novos modelos em sua frota. O
ATR-42-500 passou a ser a menor
aeronave da frota, porém a intenção da
Azul
era padronizar a frota somente com aeronaves
ATR-72 e
E-190/195.
Os ATR originários da
Trip
ganharam uma pintura hibrida "Azul/Trip".
45 ou 47 ou 48 |
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Embraer
E-175 |
Peso máximo de decolagem: 39,79 ton |
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ATR-72-200 / ATR-72-600 |
Em julho de 2010, durante uma feira de aviação, a Azul anunciou a encomenda dos novos ATR-72-600, com objetivo de conectar cidades menores, como Bauru e Ribeirão Preto. Os ATR-72 são ideais para rotas regionais de curta distância, pois são mais econômicos que os jatos e podem pousar em aeroportos com menor infraestrutura, complementando a frota de E-Jets operada pela companhia. A "Séries 600" é a última versão lançada pela fabricante, em outubro de 2007, que incorporam avanços tecnológicos como novos motores, telas de LCD e EFIS. Em janeiro de 2011 a Azul recebeu os primeiros ATR-72, porém na versão 200. A Azul resolveu antecipar a operação com ATR e arrendou alguns ATR-72-200 enquanto os 600 não chegavam. No dia 7 de outubro de 2011 a Azul foi a primeira companhia da América Latina e a segunda do mundo a operar o ATR-72-600. Em 2012 a companhia já estava operando 17 ATR-72 e no ano seguinte a frota quase dobrou, chegando a 32 unidades. O ATR-72-600 se mostrou ideal para a estratégia da Azul de atender cidades pequenas e médias que estavam fora da malha das concorrentes Gol e Latam. O ATR permitiu criar rotas que seriam inviáveis com os E-Jets, além de testar rotas novas sem correr grandes riscos financeiros. Os ATRs também mostraram grande complementaridade com E-Jets, onde a Azul tinha flexibilidade para aumentar a frequência de voos com o ATR-72 ou substituir o ATR pelos E-Jets a medida que a demanda de passageiros aumentasse e vice-versa. O ATR-72-600 teve um papel importante em permitir que a Azul expandisse a sua malha para cidades ainda menores, atendendo um número ainda maior de cidades, o que acabou alimentando ainda mais os hubs da companhia. Em outubro de 2012 a Azul tirou de operação o último ATR-72-200, passando a operar somente com a versão 600. Mas no mesmo ano a Azul se fundiu com a Trip e voltou a operar as verões 200 e 500, que só foram retirados de operação definitivamente em 2015. Em 2015 a frota de ATR-72-600 chegou ao seu auge na Azul, com 49 unidades operadas simultaneamente. Porém desde de 2016 a frota começou a encolher, quando os ATR cederam espaço para os jatos em algumas rotas.
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Embraer E-190 /
Embraer E-195 |
Apesar dos anúncios anteriores, a Azul foi a pioneira na operação dos E-Jets no Brasil. A "nova Varig", BRA e até mesmo a Vasp chegaram a anunciar que encomendariam os novos E-Jets da Embraer, porém nenhuma delas concretizou o anuncio. A que chegou mais perto foi a BRA, porém a companhia não teve dinheiro para honrar as prestações e não recebeu as aeronaves. David Neeleman, dono da Azul e da JetBlue (dos EUA), viu os ótimos resultados dos E-Jets na companhia aérea americana e selecionou a aeronave para a sua companhia aérea brasileira. Os E-Jets encaixavam perfeitamente no modelo da Azul. Ao invés de se concentrar nas rotas entre os grandes centros, como as líderes do setor faziam, o foco da Azul era atender cidades menores, que não recebiam voos regulares ou estavam sendo mal servidas, e conectar essas cidades com hubs centrais, oferecendo um produto superior em conforto e experiência, mas com preço competitivo. Os E-Jets permitiram que a Azul fosse capaz de lançar voos e lucrar em rotas que as outras não conseguiriam, pois operavam aeronaves maiores e mais caras. A ideia inicial era padronizar a frota apenas com a versão E-195, porém, devido a antecipação do inicio das operações, Azul acabou alugando um E-190 da JetBlue, que foi o responsável por inaugurar os voos da empresa, no dia 15 de dezembro de 2008, entre Campinas, Salvador e Porto Alegre. O E-190 acabou agradando a companhia, que decidiu incorporar mais unidades desse modelo. Apesar da diferença de capacidade não ser tão grande, o E-190 possibilitava maior flexibilidade, sendo operado em rotas com menor demanda, onde o E-195 era grande demais, ou podia ser usado para aumentar a frequência dos voos sem aumentar tanto a oferta de assentos. Além disso os dois modelos apresentam cerca de 95% de comunalidade, ou seja, as peças e sistemas são muito parecidos, reduzindo os custos com manutenção e treinamento da tripulação. A Azul recebeu mais oito unidades, mantendo uma frota de 10 E-190. Em 2012, após a fusão com a Trip, a frota ganhou mais 12 E-190. A partir de 2016 os E-190 começaram a ser substituídos por outras aeronaves na frota, em uma medida para cortar custos e aumentar a padronização da frota e reduzir o custo médio por assento. Nessa época o Brasil estava passando por uma recessão econômica, o que levou a diminuição da demanda de passageiros e uma deterioração da situação financeira da Azul. Aproveitando uma parceria profunda com a Tap, nove E-190 foram repassados para a companhia aérea portuguesa. Os E-190 saíram definitivamente de operação em 2021.
Embraer E-190
O primeiro E-195, matriculado PR-AYA, chegou em dezembro de 2008 e iniciou operações complementando os E-190. Em 2010 a Azul já tinha 16 E-195, que passou a ser a aeronave em maior quantidade na frota até 2023, quando foi ultrapassado pelo A320neo. O E-195 havia sido escolhido desde o inicio para ser a espinha dorsal da frota, oferecendo o menor custo por assento dentre todos os E-Jets da primeira geração. A pintura escolhida pela Azul chamava atenção pelas variações das cores nas aeronaves, com faixas em laranja, azul e verde na fuselagem e na cauda. A configuração interna escolhida Azul tinha duas classes: econômica e o "Espaço Azul", com maior distância entre as poltronas. Desde o início a Azul não tentou competir só por preço, se posicionando como uma companhia que oferecia mais conforto e serviços. O fato dos E-Jets não terem o temido "assento do meio" foi amplamente usado em campanhas publicitárias e vídeos institucionais, como símbolo de conforto superior. Outro destaque foram as telas de entretenimento individuais a bordo em voos domésticos, uma novidade no Brasil na época. O grande marco foi a implementação do serviço de TV ao vivo a bordo por satélite, em parceria com a Sky, algo que acabou sendo copiado pelos competidores, mas via WiFi. O rápido crescimento da Azul
se traduziu em um rápido crescimento da
frota de
E-195, que chegou no seu auge em 2015, com 66 unidades operadas
simultaneamente - a maior frota de
E-195 do mundo na época. A partir de então os
E-195 começaram a ser substituídos pelo A320neo
em rotas de maior demanda, e a partir de 2019, também começaram a ser
substituídos pela nova geração E-Jets E2.
General Electric GE CF34-10E 950
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> Histórico de encomendas:
63x Airbus A320neo em 28/11/2014
30x Embraer E195-E2 em 15/07/2014
5x Airbus A350-900 em 23/04/2014 (cancelada)
36x Embraer E-195 em 2008
5x Embraer E-195 em 19/07/2010
20x ATR-72-600 em 20/07/2010
10x ATR-72-600 em 21/06/2010